segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

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Sinto-me um pequeno passarinho a quem cortaram as suas amorosas asas, que tenta fugir da sua estreita gaiola, onde se sente prisioneiro de uma vida de sofrimento.
Olhando para este ser, ninguém diria que sofre tanto. No entanto, mesmo não sendo visivel, este pássaro solta lágrimas na escuridão da imensa noite em que vive.
Físicamente, ninguém cortou nada ao pequenino. Porém, este sente –se tão preso à sua gaiola, por esta ter partilhado consigo os seus melhores momentos , que seria difícil de se desfazer. Partilharam amor, carinho, afecto, tristeza, felicidade,... um pouco de tudo que o ser humano também contém na sua vida.
Tentaram dissuadi-lo, mas o seu sentimento era tão forte, tão sincero, que ele acabou por partir sem conhecer os novos horizontes. Tudo terminou assim, pois o seu amor viveu naquela gaiola e ele sempre quis senti-lo com a sua alma e ao lamentar-se, destruir-se porque não viveu tudo o que poderia viver.
Ele sempre ouviu dizer “Nunca te vou deixar”, o que é certo é que por lhe terem deixado, ele acabou por morrer de desgosto!

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